domingo, 2 de novembro de 2008

Instituto Chico Mendes lança edital para 175 vagas

O INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE – INSTITUTO CHICO MENDES, nos termos da Portaria n.º 225, de 17 de julho de 2008, publicada no Diário Oficial da União de 18 de julho de 2008, com retificação publicada no Diário Oficial da União de 16 de setembro de 2008, torna pública a realização de concurso público para provimento de vagas no cargo de Analista Ambiental, de acordo com a Lei n.º 10.410, de 11 de janeiro de 2002, publicada no Diário Oficial da União de 14 de janeiro de 2002, e mediante as condições estabelecidas neste edital.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Uma Aula de Geografia Brasileira

Tradução da página 76 do livro "Introdução à Geografia", David Norman, utilizado na Júnior Highschool - equivalente à 6a. série do 1o. grau nos E.U.A.









"Desde meados dos anos 80, a mais importante floresta do mundo passou a ser responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas. É chamada PRINFA (Primeira Reserva Internacional da Floresta Amazônica), e sua fundação se deu pelo fato de a Amazônia estar localizada na América do Sul, uma das regiões mais pobres do mundo e cercada por países irresponsáveis, cruéis e autoritários. Fazia parte de oito países diferentes e estranhos, os quais, em sua maioria, são reinos da violência, do tráfego de drogas, da ignorância e de um povo sem inteligência e primitivo.

A criação da PRINFA foi apoiada por todas as nações do G-23 e foi realmente uma missão especial para nosso país e um presente para o mundo todo, visto que a posse destas terras tão valiosas nas mãoes de povos e países tão primitivos condenariam os pulmões do mundo ao desaparecimento e à total destruição em poucos anos.

Podemos considerar que esta área tem a maior biodiversidade do planeta, com uma grande quantidade de espécimes de todos os tipos de animais e vegetais. O valor desta área é incalculável, mas o planeta pode estar certo de que os Estados Unidos não permitirão que estes países Latino-americanos explorem e destruam esta verdadeira propriedade de toda a humanidade. PRINFA é como um parque internacional, com severas regras para exploração."
.
Os livros de geografia de lá, estão mostrando o mapa do Brasil amputado, sem o Amazonas e o Pantanal. Eles estão ensinando nas escolas, que estas áreas são internacionais, ou seja, em outras palavras, eles estão preparando a opinião pública deles, para dentro de alguns anos se apoderarem de nosso território com legitimidade.

NÓS SOMOS BRASILEIROS E, NO MÍNIMO, TEMOS DE NOS INDIGNAR COM ESTA AFRONTA.

domingo, 1 de junho de 2008

A cobiça que mais se deve temer

Luiz Weis
As últimas palavras do que viria a ser o último discurso do senador amazonense Jefferson Péres, uma semana atrás, foram talvez o que de mais lúcido se ouviu de uma figura pública brasileira em resposta ao novo surto de manifestações desatinadas no exterior sobre o compartilhamento da proteção da Amazônia, no combate à crise climática global. A saída da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, derrotada na defesa do ecossistema amazônico, deu gás ao disparate de que a região é “importante demais para ser deixada aos brasileiros”, na patada do diário londrino The Independent.
Velha como as árvores, a alegação permitiu que a fronda da motosserra - que reúne os devastadores da maior floresta tropical do mundo, seus influentes parceiros no governo e os ideólogos do desenvolvimento a todo custo - partisse para desqualificar as fundamentadas inquietações dos ecologistas com o impacto do desmatamento incontido para a piora do clima da Terra (e a ruína ambiental de mais da metade do território brasileiro). Ahá, contra-atacou a tigrada, envolta em verde-amarelo: com essa conversa de ajudar a preservar a natureza, o que eles querem é tomar os recursos naturais do País.
Jefferson Péres deu-lhes o troco na medida exata. “Não tenho tanto medo da cobiça internacional sobre a Amazônia”, ponderou da tribuna a que tantas vezes subira para denunciar a indecência de políticos e governantes. “Tenho medo da cobiça nacional sobre a Amazônia, da ação de madeireiros, de pecuaristas e de outros que podem provocar o holocausto ecológico naquela região.” É disso, rigorosamente, que se trata. Se existe algo em torno do qual governo, oposição e sociedade fecham questão, no Brasil de hoje, é a premissa da absoluta autonomia brasileira diante do problema amazônico - já não bastasse a falta de credenciais do críticos do País para dar lições de moral ambiental.
E quanto mais se falar lá fora em compartilhamento de responsabilidades pela exploração sustentável da área, mais forte será aqui a reação de invocar o princípio da soberania nacional. Nem poderia ser de outra forma - a nação que não afirma a autoridade sobre o que é seu praticamente pede para perdê-lo, mais dia, menos dia. Mas, do ponto de vista do que é imperativo fazer correndo, a fim de amenizar a virada climática, o conceito puro e duro de soberania representa uma barreira insuperável.
É evidente que não há forma concebível de enfrentar o cataclisma ambiental que ameaça a humanidade - a começar da parcela da humanidade mais pobre e, portanto, mais vulnerável a suas conseqüências - sem a adoção de políticas supranacionais que, para não ficarem confinadas ao papel, em alguma medida devem pressupor uma abdicação consentida de soberania dos países participantes. Claro que isso parece um irrealismo cavalar quando se tem em conta que a potência superpoluidora, os Estados Unidos, nem sequer consentiu em aderir a um programa ainda aquém do necessário para controlar a tempo as emissões dos gases estufa, o (combalido) Protocolo de Kyoto.
O que demonstra, de toda maneira, que o exercício da soberania, no sentido ortodoxo desse conceito derivado da divisão do mundo em Estados-nações, é um anacronismo na luta para minorar os efeitos do aquecimento global engendrado pela queima em escala crescente de combustíveis fósseis. (“Perder de pouco” é tudo a que se pode aspirar.) E até onde a vista alcança não há quem possa com a soberania a serviço do empurra-empurra, entre os países, de responsabilidades pelo que já está aí - e vai ficar pior. O que emergidos e emergentes exigem, principalmente os mais capazes de blindar a sua soberania, é em última análise o direito de poluir. Mantendo, num caso, ou reproduzindo, no outro - e aqui a China puxa o cordão -, padrões suicidas de uso de energia.
E pensar que nessa frente o Brasil deu um senhor passo atrás. Na segunda-feira da semana passada, nesta página, o físico e ex-ministro José Goldemberg, da Universidade de São Paulo, comentou um “interessante documento”, de autoria do diplomata Everton Vieira Vargas, intitulado Mudança do Clima na Perspectiva do Brasil. Com o risco de maçar quem tiver lido o artigo do cientista, vale insistir no que ele destacou. “O argumento básico do embaixador”, apontou Goldemberg, “é o de que os países em desenvolvimento não devem aceitar nenhuma limitação às suas emissões (de gases estufa), tendo em vista que as ‘emissões históricas’ desses países são pequenas.” Ou seja, por terem poluído relativamente pouco enquanto os outros já poluíam muito, podem poluir mais.
Essa doutrina, em que parece se basear a nova política brasileira para o clima, marca uma guinada em relação à década anterior. Goldemberg lembra que, ao sediar a Rio-92, a primeira grande conferência promovida pela ONU para tratar do aquecimento global, e ao se destacar na formulação do Protocolo de Kyoto, em 1997, o País tinha uma posição “proativa”. Quer dizer: estava engajado na busca de soluções necessariamente supranacionais para um problema supranacional de proporções inéditas. Depois, o Brasil adotou uma posição “reativa”. Defende um estado de coisas que, na prática, ressalta o professor, “só beneficia os Estados Unidos e a China” - o que não deixa de ser uma triste ironia.
Em maio de 1991, observou-se neste espaço que a soberania em estado bruto, somada à tolerância - quando não ao apoio - dos governos a um modelo fadado a provocar catástrofes que desconhecem divisões geográficas, ata as iniciativas que procuram deter os níveis de envenenamento ambiental. À época, enquanto corriam os preparativos para a Rio-92, a esperança estava numa terceira via entre “a omissão indesejável e a coação impossível”: o aproveitamento dos vastos espaços abertos à criatividade política internacional em defesa da Terra. Passados 17 anos, a esperança definha a olhos vistos.
Luiz Weis é jornalista

quarta-feira, 21 de maio de 2008


É uma índia com colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o A de que cor?
O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou

E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai e o avô
Como um gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar
Onde eu não vou

O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor
O que você está fazendo?
Um relicário imenso deste amor

Corre a lua porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por esta noite

Porque está amanhecendo?
Peço o contrario, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for

Quem nesse mundo faz o que há durar
Pura semente dura: o futuro amor
Eu sou a chuva pra você secar
Pelo zunido das suas asas você me falou

O que você está dizendo?
Milhões de frases sem nenhuma cor, ôôôô...
O que você está dizendo?
Um relicário imenso deste amor
O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Por que que está fazendo assim?.
..está fazendo assim?

[Relicário - Nando Reis]

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os aspectos-chave do Cerrado Brasileiro


O cerrado é a segunda maior formação vegetal do Brasil. Sua ocupação original, antes de ser devastada, compreendia uma área aproximada de 2 milhões de km², atualmente restam menos que 20% desse total. É o bioma que mais sofreu impacto devido à ocupação humana, uma vez que pela alta fertilidade dos solos, práticas de plantio de alimentos, ou da própria cana-de-açúcar, seja ela para o mercado interno ou internacional, cresceram exacerbadamente nos últimos anos, e vêm ultrapassando limites imensuráveis em busca do crescimento econômico do país.
É um bioma que comporta numerosa biodiversidade endêmica – a maior do continente –, além de ser considerada o de maior área savânica do planeta.
Formado por tipos fitofisionômicos característicos de regiões tropicais: cerradão (composto de árvores médias e altas, porém ainda com um percentual de vegetação baixa e arbustos), cerrado limpo (com vegetação predominante e quase exclusiva de gramíneas), campo sujo (com cerca de 15% de árvores e arbustos, os quais concentram-se geralmente em "ilhas" de vegetação), campo rupestre (vegetação de altitude, predominantemente herbáceo-arbustiva), veredas (brejos ou locais encharcados, abrigando as palmeiras buritis, que só sobrevivem neste tipo de terreno, e se destacam na paisagem) e matas ciliares (matas fechadas que ocorrem em nascentes ou ao longo de cursos d’água, que misturam vegetação nativa do cerrado e de outros biomas, carregados por esses cursos d’água). Abriga plantas arbóreas de aparência seca com caules retorcidos e revestidos por casca espessa, entre outras espécies de arbustos e gramíneas.
São exemplos de plantas do cerrado, o Buriti (
Mauritia flexuosa), a Cagaita (Eugenia dysenterica), a Lobeira (Solanum lycocarpum), o Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), a Mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), o Pequi (Caryocar brasiliense), o Araticum (Annona crassiflora), dentre muitos outros.
Atualmente é amplamente aceito que clima, solos e fogo são altamente interativos nos seus efeitos sobre a vegetação no Bioma Cerrado. Como sugerem alguns cientistas, o bioma é um “clímax do fogo”, considerando que o Cerrado não se torna uma floresta devido à interação desses três fatores, tendo o fogo um papel secundário. Segundo esses estudiosos, a falta de nutrientes e a grande presença de alumínio são responsáveis também pela fisionomia do bioma. O fogo assume então papel atuante na diversificação das formações vegetais, quando gerado por fontes naturais.
Entretanto, o que vem ocorrendo são as queimadas irregulares e sem controle, um toco de cigarro que é lançado naquela vegetação seca é capaz de ocasionar queimadas com extensões incalculáveis e de difícil controle. O controle do fogo em unidades de conservação, APAs, por exemplo, é uma necessidade urgente, sob pena de vermos perdida grande parte da biodiversidade dessas áreas. O Parque Nacional Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas são alvos fáceis dessa problemática, uma vez que, o segundo, por exemplo, é uma verdadeira ilha de Cerrado, em meio a um mar de soja, e se sua fauna for dizimada, não há chance de repovoamento, uma vez que essa fauna já não existe nas redondezas.
E por falar em fauna, o Bioma abriga um avifauna extremamente rica e diversa, com hábitos de vida bastante peculiares, desde a famosa seriema (Cariama cristata), a “voz do cerrado”; algumas espécies endêmicas, como a gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), o papagaio-galego (Amazona xanthops ) e o soldadinho (Antilophia galeata); outras com importante presença no Cerrado mas que também ocorrem em outros biomas tais como, a arara-canindé (Ara ararauna), a perdiz (Rhynchotus rufescens), a ema (Rhea americana), o pica-pau-do-campo (Colaptes campestris), o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a corruíra (Troglodytes aedon) e o tiziu (Volatinia jacarina).
Além da avifauna, no bioma predominam animais, com diferenciação acentuada no tipo físico e nos hábitos de vida, são eles: jibóia (Boa constrictor), a cascavel (
Crotalus durissus), várias espécies de jararaca (Bothrops sp), o lagarto teiú (Tupinambis sp), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), o tatu-canastra (Priodontes maximus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), o veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus), a anta (Tapirus terrestris), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o cachorro-vinagre (Speothos venaticus), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o gato mourisco (Herpailurus yaguarondi), a jaguatirica (Leopardus pardalis), e com anatomia um pouco maior, a onça-pintada (Panthera onca). Entretanto, grande parte dessas espécies estão enquadradas nas referências de animais em extinção, e merecem certos cuidados. A caça predatória, as queimadas, as práticas agropecuárias, como plantação de soja e cana-de-açúcar, vieram pra diminuir ainda mais a densidade populacional dessas espécies.
Pensando nisso, e com o esgotamento dos recursos naturais da Terra, começaram as discussões a respeito das Unidades de Conservação, para impor limites e fronteiras, além de monitorar as áreas que, constantemente, vêm sendo impactadas. A criação do Parque Nacional das Emas, por exemplo, deu-se a fim de minimizar essas atividades, preservar as diversas nascentes dos rios
Jacuba e Formoso, afluentes do rio Parnaíba, da bacia do rio Paraná, e conservar a fauna e flora da região. Infelizmente, muitos relatos do responsável do parque, Antônio Malheiros, evidenciam que apesar dos cuidados com região, todos estes fatores reduzem a área preservada da maior e mais representativa área de Cerrado.
Outras regiões que também sofrem com esses problemas estão nas áreas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – reconhecido como Patrimônio Natural Mundial pela
UNESCO em Dezembro de 2001 –, o Parque Estadural Terra Ronca – criado com o objetivo de preservar a fauna, a flora, os mananciais e, em particular, as áreas de ocorrências de cavidades naturais subterrâneas e seu entorno, sítios naturais de relevância ecológica e reconhecida importância turística – o Parque Estadual de Paraúna, o Parque Estadual da Serra de Caldas – criado com o objetivo de preservar as nascentes das águas termais dos municípios de Caldas Novas e Rio Quente –, o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco – criado a fim de proteger um dos últimos remanescentes da vegetação característica da região Central do Estado de Goiás –, o Parque Estadual dos Pirineus – tombada como Patrimônio Histórico Cultural –, além da Área de Proteção Ambiental da Serra Dourada, na região de Mossâmedes, Goiás e Buriti de Goiás, e, também, de grande relevância da fauna e da flora.
Um bom indicativo da riqueza da fauna, flora, recursos minerais, mananciais, sítios naturais subterrâneos dos ecossistemas de Goiás é o numeroso enclave de Parques Ecológicos no estado. Felizmente, a criação dessas unidades impede, mesmo que um pouco, a utilização exacerbada desses recursos, porém alguns problemas internos de controle e administração desses parques dificultam os cuidados de todos os aspectos ambientais dessas regiões. A falta de fiscalização, de educadores ambientais e até mesmo guias, torna deficiente o caráter conservacionista e/ou preservacionista que esses parques possuem em lei, o que torna preocupante a situação de que muitos parques se encontram.
Os cuidados com a área de abrangência do Cerrado, têm que ser bastante efetiva, uma vez que é um Bioma que comporta uma série de fatores importantes do meio ambiente, e com o estabelecimento de muitas áreas para plantio de soja e cana-de-açúcar, dificulta o transporte de animais pelos corredores ecológicos.
A criação de Parques Ecológicos é tão imprescindível quanto o monitoramento adequado desses parques, para o controle do fogo, a preservação/conservação da fauna e flora, divulgação de projetos ambientais, crescimento do ecoturismo nessas áreas, e muitas alternativas e usos adequados desse Bioma tão importante que é o Cerrado. Portanto, cuidar dessa área, que a gente vive, é cuidar de onde a gente mora. Cada um tem que saber o que utiliza e como utiliza, além da destinação final. Pensando nisso, a gente pode viver melhor, cuidando da natureza, dos recursos que ela nos oferece, e utilizando-os, de forma sustentável e com consciência ambiental.
[Matheus Rez]

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Sapos pra quê?

Um editorial do jornal de maior influência nos Estados Unidos – e isso não quer dizer grande coisa -, o The New York Times, dedicou à Amazônia neste domingo, especial atenção.

Com uma pergunta enigmática e provocadora – De quem será a Amazônia, afinal? – o jornal faz um apanhado da discussão que ora ou outra está em pauta entre os principais líderes mundiais.

Mas não se iludam que tais líderes estão preocupados com o futuro da humanidade... Na verdade, esses líderes nem são mundiais. Os líderes a que me refiro são, na verdade, um só: o presidente do Estados Unidos e do Mundo.


Não é de hoje que há questionamento sobre a propriedade da Amazônia, que seria um patrimônio do mundo, não só do Brasil. Aliás, com relação a isso, todo mundo concorda, patrimônio é diferente de propriedade. O patrimônio, é mundial – todos dela sofrem benefícios – quais são, ninguém sabe... A propriedade, contudo, é do Brasil e dos brasileiros.


Ocorre que o fim pretendido para esses debates, nesse momento, faz parte de uma estratégia a longo prazo, perpetuada pelos americanos. Isto é, eles não invadem o Brasil para ‘tomar’ a Amazônia, não porque não consideram a propriedade como sendo do Brasil, mas porque efetivamente não querem.


Quando quiserem, seja qual for a real intenção, vão fazer...


Mas, por outro lado, não consigo ver qual proveito que eles teriam em invadir a Amazônia... Será madeira? Esse negócio é tão lucrativo assim, que valha a pena uma invasão a tal proporção? Pode ser a biodiversidade... Mas quem se importa com sapos, cobras e macacos? Terra? Não seria mais fácil invadir o interior de São Paulo, o leste do Mato Grosso, Goiás, e o Mato Grosso do Sul? Mas porque vão querer terras? Não é mais fácil deixar os países subdesenvolvidos produzirem as matérias-primas para depois manufaturarem? Pode ser água... Mas, alguma vez, alguém ficou sabendo que os Estados Unidos teve algum problema com água em seu território?

A conclusão é uma só: usam desse pretexto, de que a Amazônia é patrimônio mundial, para incutirem na cabeça da população que se preocupam com a natureza, com as cobras, borboletas e papagaios – mesmo que pra isso, tenham de supor o uso de uma invasão armada...

Enquanto isso, a mais do mais, invadem países que tenham realmente valia a eles: o Iraque e sua 3º reserva de petróleo mundial...


[ Um brasileiro 'não tão indignado', R.C. ]

domingo, 18 de maio de 2008

Minc nega arrogância e afirma que não vai impor condições ao presidente Lula

O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, afirmou neste domingo, ter sido mal interpretado nas colocações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o cargo de ministro do Meio Ambiente, em substituição à senadora Marina Silva.

Ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Galeão-Tom Jobim, vindo de Paris, Minc afirmou que "arrogância seria imaginar que ele pudesse enfrentar os problemas ambientais do Brasil, que são 100 vezes mais complicados que os do Rio de Janeiro, sem ter o mínimo de condições de trabalho".

O secretário disse que levará amanhã (19) ao presidente Lula propostas e não exigências para aceitar o convite e assumir a pasta do Meio Ambiente.

"Eu não vou impor condições, mas sim levar propostas, que na verdade são muito mais ainda do que aquelas que foram colocadas até agora. Eu acho que arrogância seria imaginar que eu pudesse desempenhar uma missão para a qual eu tenho realmente dúvida de estar a altura, sem ter condições de trabalho", afirmou.

Carlos Minc admitiu que as conversas que manteve até agora com o presidente Lula o levam a crer que ele vá realmente assumir o ministério. Ressaltou, porém, que as condições necessárias para que possa vir a desempenhar um bom trabalho são ainda maiores dos que a que já foram até então divulgadas pela imprensa.

Minc citou como exemplo a própria situação do Estado do Rio, onde chegou a recusar por três vezes o pedido do governador Sérgio Cabral antes que decidisse assumir a Secretaria do Ambiente, e só o fez, segundo ele, após ter recebido garantias de que teria condições adequadas de implantar a sua filosofia de trabalho.

"O Sérgio [Sérgio Carbral, governador do Rio] me deu realmente todas as condições de trabalho. Eu preparei dez decretos --desde o que determinava que todas as habitações construídas tivessem energia solar até 'guardas-parque' [bombeiros para tomar conta das unidades de conservação] e ele assinou todas as dez", afirmou.

"Eu tive os recursos do Fecan [Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano], as leis na Assembléia, apoio político, apoio administrativo. Não tinha uma reunião com o presidente do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] ou da Petrobras que eu não fosse também. Eu participava, por exemplo, das reuniões do Conselho Econômico do governo, que juntavam os seis secretários que discutiam a estratégia econômica. Então, o meio ambiente estava bem na fita, estava musculado. E isto possibilitou que eu pudesse conceder mais rapidamente os licenciamentos ambientais".

Carlos Minc elogiou a ex-ministra Marina Silva e o ex-governador do Acre Jorge Viana, que, segundo ele, está "mais preparado para a missão".

Minc adiantou que, se assumir o cargo, vai levar para Brasília parte da sua equipe atual da Secretaria do Ambiente. "Só não poderei assumir o cargo se o presidente fizer exigências as quais eu não possa cumprir, o que me parece não ser o caso".
[Agência Brasil]

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Já tem um tempo que estou pensando em trazer um entrevistado para o blog, uma pessoa comum como vocês, que tem a visão de meio ambiente que qualquer um que vive em pleno início de século possui. Alguém que pudesse expor sua opinião sobre a constante intervenção do homem nas áreas de abrangência dos biomas brasileiros. E por se tratar de uma pessoa que não tem embasamento científico a respeito de onde vive, apenas conhecimentos gerais, resolvi trazê-lo em foco.

Luan Henrique Garcia, 19 anos, concluiu o ensino médio o ano passado, vai se mudar para os EUA no segundo semestre desse ano, e 'sem querer querendo' vai levar consigo essa cultura de vida com o meio ambiente que o nosso país carrega pra onde vai... Além de responder pra gente o que ele pensa sobre o futuro dessas vegetações tão peculiares, e o que podemos fazer para preservá-las.

Você é otimista ou pessimista sobre a possibilidade de termos um futuro menos poluente para o planeta?
Luan – Otimista, eu acredito que cada um fazendo sua parte o planeta tende a melhorar.

Como você vê o trato com o meio ambiente na cidade de Goiânia?
Luan - Eu acho a grande maioria da população bem educada a cidade é limpa e bastante agradável, mas como em todos os lugares sempre tem pessoas q não respeitam o meio ambiente e não contribuem com a limpeza e organização da cidade. Felizmente é a minoria.

Você acha então que a criação de tantos Parques Municipais na administração atual, pode ajudar a minimizar esses problemas?
Luan - Eu acho ótimo a criação de parques, quanto mais verde melhor, e ainda acaba se tornando uma opção de lazer. O que não pode deixar acontecer é o ato de vandalismo nesses locais.

Como você vê todo o “mau trato” de governantes, políticos, latifundiários, madeireiros ilegais, que visam unicamente o crescimento econômico e acúmulo de riquezas, para com o meio ambiente em nosso país?
Luan - É de uma falta de vergonha, eles não percebem estão prejudicando seus filhos e netos, e toda uma população.

E no bioma Cerrado? A gente sabe que o plantio de soja vem crescendo muito, você acha que existe possibilidade de haver um equilíbrio entre crescimento econômico e preservação do bioma em nosso Estado?
Luan – Olha, o crescimento da produção de grãos no país, decorreu tanto do aumento da área plantada quanto da produtividade, por isso é provável que o crescimento econômico e a preservação do bioma consiga estabelecer um equilíbrio.

E a Floresta Amazônica? Quais são as suas perspectivas de quando você vir de passeio ao Brasil encontrá-la no mesmo nível de conservação?
Luan – Bem, era o que eu gostaria, mas acredito que se os Brasileiros não preservarem, vai chegar ao fim ou outro país vai estabelecê-la como propriedade dele, como já vem acontecendo.

E em uma visão mais futurista? Como você pensa o planeta há uns 300 anos pra frente?
Luan – Olha, o aquecimento global esta aí, isso é um fato e o planeta já vem se modificando.. Eu penso que daqui a 300 anos encontraremos uma população bem mais reduzida e com uma qualidade de vida inferior a de hoje, porque mesmo com toda a tecnologia que temos, ela não é maior que a força da natureza.

Você quer deixar alguma mensagem para o blogueiro e nosso visitante?
Luan – Eu gostaria de agradecer a todos que visitam o blog, e que lêem. E que se conscientizem com o meio ambiente, não só o cerrado, mas o planeta e a população de uma forma geral. Obrigado, e espero voltar em breve.

Agradeço Luan Henrique Garcia pela entrevista. Para saber mais sobre ele visite seu orkut:

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Tamanduá-bandeira, -açú, -grande, -cavalo, -mirim, jurumim...

Que tal tratarmos do tamanduá?
Quer saber? O tamanduá é um dos bichos que mais me chamam a atenção. Estive passando o olho em textos, semestre passado, sobre as características dos tamanduás: mamíferos, vivem em florestas ou savanas (ou cerrados) na América Central e do Sul, se alimentam de cupins, formigas e sua língua tem um comprimento significativo ( chega a ter 50 cm ) e uma superfície bastante peculiar com presença de uma saliva que ajuda a capturar esses insetos.
A característica que mais me apetece é a alimentação desse tamanduá, que é base de uma hipótese que eu mesmo lancei, dia desses: "se os cupins são um dos maiores emissores de CO2 na atmosfera, o tamanduá poderia ser considerado como um sequestrador de carbono natural, e suas fezes, grande fonte de energia". Dá pra pensar na importância de um estudo desse tipo? Nem precisa gostar muito disso pra saber.. Hoje, estudos com fontes eficazes para o sequestro de carbono, diminuição de emissões de gases estufa é enfoque de minuto a minuto. Basta conectar-se na internet, ou ligar a TV, ou nem isso! Daqui uns dias veremos redinhas captadoras de carbono, e indivíduos nas ruas com aquelas telinhas de piscina correndo atrás das moléculas e se enriquecendo cada vez mais. Garis de CO2, que tal? É preciso pensar...
E.. o tamanduá, onde fica nisso tudo? Ah, isso deixa pra mim!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

saída de Marina, vitória na devastação!

" A saída de Marina trás a tona uma realidade muito pouco divulgada e percebida, frente a dimensão do avanço do desmatamento, principalmente na região amazônica, onde governantes, políticos, latifundiários, madeireiros ilegais, mandantes de assassinatos, exploradores de menores, jagunços, grileiros, militares, etc. se unem em conluio a favor de ampla e imediata devastação ambiental de imensas extensões de terras, mananciais, floresta nativa, transformando toda uma riqueza natural em pasto para engordar o gado de ricos proprietários residentes em suas capitais... Pessoas essas que investem no desenvolvimento e distribuição de rendas locais, transformando a vida dos povos da floresta, que sabem explorá-la de forma sustentável, em grandes aglomerados de pobres choupanas, num ambiente devastado, desprovido de saúde e saneamento, cada vez mais cheio de gente migrante, ávidos por trabalhos de baixa renda relacionados às atividades de devastação indiscriminada... Vamos ver como vai se posicionar Minc, a começar frente a pressão deste lobby pela liberação de licenças ambientais...Aliás, do ponto de vista deste lobby, qualquer avaliação de impacto ambiental pode ser taxada de "ecologismo fundamentalista". Prevalece a "Lei de Gerson": "O importante é levar vantagem em tudo", danem-se as conseqüências... "
(Autor desconhecido)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Marina Silva


Marina Silva filiou-se ao PT em 1985. Participou das Comunidades Eclesiais de Base, de movimentos de bairro e do movimento dos seringueiros. Em 1984 foi fundadora da CUT no Acre. Chico Mendes foi o primeiro coordenador da entidade e Marina, a vice-coordenadora. Nas eleições municipais de 88 foi eleita vereadora por Rio Branco. Em 1990 foi eleita deputada estadual. Foi eleita pela primeira vez para o Senado em 1994, pelo PT do Acre. Em 2002 foi reeleita.

Foi designada Ministra de Estado do Meio Ambiente pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva e tomou posse em 1º de janeiro de 2003.No Senado Federal, é vice-presidente da Comissão de Assuntos Sociais e membro titular da Comissão de Educação. Foi vice-presidente da Comissão Especial do Congresso de Combate à Pobreza, criada por proposta de sua autoria. Foi líder da bancada do PT e Bloco de Oposição no ano de 1999.

Em 2007, por meio da Medida Provisoria 366, Marina Silva desmembrou o Ibama e repassou a gestão das unidades de conservação da natureza federais para o Instituto Chico Mendes.

A ministra entregou a carta de demissão nesta terça-feira (13/05/2008).

triste fim

era uma vez uma célula, que vivia num cantinho escuro lá do intestino. todo dia ela tinha de procurar comida, e para células como ela, era muito difícil conseguir se alimentar.. outras, de outras famílias, conseguiam muito rápido se desenvolver, multiplicar. até que um dia ela resolveu ser amiga de uma delas, e sem saber o que poderia acontecer ela foi infectada. aquela amiga que era de confiança, acabou tomando grande parte de suas funções e depois de um tempo, todas elas, até que um dia tiveram que tirá-la dalí. ela já era do mal.

ciclos, bi-ciclos, tri-ciclos...

no caminho tinha uma pedra, a pedra tinha um buraco, no buraco tinha uma plantinha, na plantinha, uma joaninha, na joaninha tinha o vermelho, o preto, um pouquinho de branco na barriguinha, na barriguinha um digestor, no sistema uma excretinha, na excretinha um verdinho, que caiu no verdinho e adubou a plantinha, que cresceu e virou uma árvore, que aumentou mais ainda a manchinha verde do verdinho da excretinha do sistema digestor da barriguinha branquinha da joaninha preta e vermelhinha, sobre a plantinha que ficava no buraquinho da pedra do meu caminho.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O Verde é o Novo Preto.

Aparentemente o verde é a nova moda. Não digo apenas da cor, mas em conceito. Provando que pode ser bonito e atraente, em Los Angeles foi criada a cadeira de grama. Juntamente com um escritório de arquitetura, a cadeira foi desenvolvida de metal, grama, e possui até sua maneira própria de regar. Alem de se regar sozinha a cadeira tem um sistema que cuida ate da evaporação. Não é necessário se preocupar em deixar a cadeira no deck.

Além da cadeira já é possível encontrar outros objetos e produtos feitos de grama, como paredes de grama, até sapatos.

Será que essa moda vai pegar???


[ Regina Spaolonzi ]