domingo, 2 de novembro de 2008

Instituto Chico Mendes lança edital para 175 vagas

O INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE – INSTITUTO CHICO MENDES, nos termos da Portaria n.º 225, de 17 de julho de 2008, publicada no Diário Oficial da União de 18 de julho de 2008, com retificação publicada no Diário Oficial da União de 16 de setembro de 2008, torna pública a realização de concurso público para provimento de vagas no cargo de Analista Ambiental, de acordo com a Lei n.º 10.410, de 11 de janeiro de 2002, publicada no Diário Oficial da União de 14 de janeiro de 2002, e mediante as condições estabelecidas neste edital.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Uma Aula de Geografia Brasileira

Tradução da página 76 do livro "Introdução à Geografia", David Norman, utilizado na Júnior Highschool - equivalente à 6a. série do 1o. grau nos E.U.A.









"Desde meados dos anos 80, a mais importante floresta do mundo passou a ser responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas. É chamada PRINFA (Primeira Reserva Internacional da Floresta Amazônica), e sua fundação se deu pelo fato de a Amazônia estar localizada na América do Sul, uma das regiões mais pobres do mundo e cercada por países irresponsáveis, cruéis e autoritários. Fazia parte de oito países diferentes e estranhos, os quais, em sua maioria, são reinos da violência, do tráfego de drogas, da ignorância e de um povo sem inteligência e primitivo.

A criação da PRINFA foi apoiada por todas as nações do G-23 e foi realmente uma missão especial para nosso país e um presente para o mundo todo, visto que a posse destas terras tão valiosas nas mãoes de povos e países tão primitivos condenariam os pulmões do mundo ao desaparecimento e à total destruição em poucos anos.

Podemos considerar que esta área tem a maior biodiversidade do planeta, com uma grande quantidade de espécimes de todos os tipos de animais e vegetais. O valor desta área é incalculável, mas o planeta pode estar certo de que os Estados Unidos não permitirão que estes países Latino-americanos explorem e destruam esta verdadeira propriedade de toda a humanidade. PRINFA é como um parque internacional, com severas regras para exploração."
.
Os livros de geografia de lá, estão mostrando o mapa do Brasil amputado, sem o Amazonas e o Pantanal. Eles estão ensinando nas escolas, que estas áreas são internacionais, ou seja, em outras palavras, eles estão preparando a opinião pública deles, para dentro de alguns anos se apoderarem de nosso território com legitimidade.

NÓS SOMOS BRASILEIROS E, NO MÍNIMO, TEMOS DE NOS INDIGNAR COM ESTA AFRONTA.

domingo, 1 de junho de 2008

A cobiça que mais se deve temer

Luiz Weis
As últimas palavras do que viria a ser o último discurso do senador amazonense Jefferson Péres, uma semana atrás, foram talvez o que de mais lúcido se ouviu de uma figura pública brasileira em resposta ao novo surto de manifestações desatinadas no exterior sobre o compartilhamento da proteção da Amazônia, no combate à crise climática global. A saída da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, derrotada na defesa do ecossistema amazônico, deu gás ao disparate de que a região é “importante demais para ser deixada aos brasileiros”, na patada do diário londrino The Independent.
Velha como as árvores, a alegação permitiu que a fronda da motosserra - que reúne os devastadores da maior floresta tropical do mundo, seus influentes parceiros no governo e os ideólogos do desenvolvimento a todo custo - partisse para desqualificar as fundamentadas inquietações dos ecologistas com o impacto do desmatamento incontido para a piora do clima da Terra (e a ruína ambiental de mais da metade do território brasileiro). Ahá, contra-atacou a tigrada, envolta em verde-amarelo: com essa conversa de ajudar a preservar a natureza, o que eles querem é tomar os recursos naturais do País.
Jefferson Péres deu-lhes o troco na medida exata. “Não tenho tanto medo da cobiça internacional sobre a Amazônia”, ponderou da tribuna a que tantas vezes subira para denunciar a indecência de políticos e governantes. “Tenho medo da cobiça nacional sobre a Amazônia, da ação de madeireiros, de pecuaristas e de outros que podem provocar o holocausto ecológico naquela região.” É disso, rigorosamente, que se trata. Se existe algo em torno do qual governo, oposição e sociedade fecham questão, no Brasil de hoje, é a premissa da absoluta autonomia brasileira diante do problema amazônico - já não bastasse a falta de credenciais do críticos do País para dar lições de moral ambiental.
E quanto mais se falar lá fora em compartilhamento de responsabilidades pela exploração sustentável da área, mais forte será aqui a reação de invocar o princípio da soberania nacional. Nem poderia ser de outra forma - a nação que não afirma a autoridade sobre o que é seu praticamente pede para perdê-lo, mais dia, menos dia. Mas, do ponto de vista do que é imperativo fazer correndo, a fim de amenizar a virada climática, o conceito puro e duro de soberania representa uma barreira insuperável.
É evidente que não há forma concebível de enfrentar o cataclisma ambiental que ameaça a humanidade - a começar da parcela da humanidade mais pobre e, portanto, mais vulnerável a suas conseqüências - sem a adoção de políticas supranacionais que, para não ficarem confinadas ao papel, em alguma medida devem pressupor uma abdicação consentida de soberania dos países participantes. Claro que isso parece um irrealismo cavalar quando se tem em conta que a potência superpoluidora, os Estados Unidos, nem sequer consentiu em aderir a um programa ainda aquém do necessário para controlar a tempo as emissões dos gases estufa, o (combalido) Protocolo de Kyoto.
O que demonstra, de toda maneira, que o exercício da soberania, no sentido ortodoxo desse conceito derivado da divisão do mundo em Estados-nações, é um anacronismo na luta para minorar os efeitos do aquecimento global engendrado pela queima em escala crescente de combustíveis fósseis. (“Perder de pouco” é tudo a que se pode aspirar.) E até onde a vista alcança não há quem possa com a soberania a serviço do empurra-empurra, entre os países, de responsabilidades pelo que já está aí - e vai ficar pior. O que emergidos e emergentes exigem, principalmente os mais capazes de blindar a sua soberania, é em última análise o direito de poluir. Mantendo, num caso, ou reproduzindo, no outro - e aqui a China puxa o cordão -, padrões suicidas de uso de energia.
E pensar que nessa frente o Brasil deu um senhor passo atrás. Na segunda-feira da semana passada, nesta página, o físico e ex-ministro José Goldemberg, da Universidade de São Paulo, comentou um “interessante documento”, de autoria do diplomata Everton Vieira Vargas, intitulado Mudança do Clima na Perspectiva do Brasil. Com o risco de maçar quem tiver lido o artigo do cientista, vale insistir no que ele destacou. “O argumento básico do embaixador”, apontou Goldemberg, “é o de que os países em desenvolvimento não devem aceitar nenhuma limitação às suas emissões (de gases estufa), tendo em vista que as ‘emissões históricas’ desses países são pequenas.” Ou seja, por terem poluído relativamente pouco enquanto os outros já poluíam muito, podem poluir mais.
Essa doutrina, em que parece se basear a nova política brasileira para o clima, marca uma guinada em relação à década anterior. Goldemberg lembra que, ao sediar a Rio-92, a primeira grande conferência promovida pela ONU para tratar do aquecimento global, e ao se destacar na formulação do Protocolo de Kyoto, em 1997, o País tinha uma posição “proativa”. Quer dizer: estava engajado na busca de soluções necessariamente supranacionais para um problema supranacional de proporções inéditas. Depois, o Brasil adotou uma posição “reativa”. Defende um estado de coisas que, na prática, ressalta o professor, “só beneficia os Estados Unidos e a China” - o que não deixa de ser uma triste ironia.
Em maio de 1991, observou-se neste espaço que a soberania em estado bruto, somada à tolerância - quando não ao apoio - dos governos a um modelo fadado a provocar catástrofes que desconhecem divisões geográficas, ata as iniciativas que procuram deter os níveis de envenenamento ambiental. À época, enquanto corriam os preparativos para a Rio-92, a esperança estava numa terceira via entre “a omissão indesejável e a coação impossível”: o aproveitamento dos vastos espaços abertos à criatividade política internacional em defesa da Terra. Passados 17 anos, a esperança definha a olhos vistos.
Luiz Weis é jornalista

quarta-feira, 21 de maio de 2008


É uma índia com colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o A de que cor?
O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou

E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai e o avô
Como um gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar
Onde eu não vou

O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor
O que você está fazendo?
Um relicário imenso deste amor

Corre a lua porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por esta noite

Porque está amanhecendo?
Peço o contrario, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for

Quem nesse mundo faz o que há durar
Pura semente dura: o futuro amor
Eu sou a chuva pra você secar
Pelo zunido das suas asas você me falou

O que você está dizendo?
Milhões de frases sem nenhuma cor, ôôôô...
O que você está dizendo?
Um relicário imenso deste amor
O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Por que que está fazendo assim?.
..está fazendo assim?

[Relicário - Nando Reis]

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os aspectos-chave do Cerrado Brasileiro


O cerrado é a segunda maior formação vegetal do Brasil. Sua ocupação original, antes de ser devastada, compreendia uma área aproximada de 2 milhões de km², atualmente restam menos que 20% desse total. É o bioma que mais sofreu impacto devido à ocupação humana, uma vez que pela alta fertilidade dos solos, práticas de plantio de alimentos, ou da própria cana-de-açúcar, seja ela para o mercado interno ou internacional, cresceram exacerbadamente nos últimos anos, e vêm ultrapassando limites imensuráveis em busca do crescimento econômico do país.
É um bioma que comporta numerosa biodiversidade endêmica – a maior do continente –, além de ser considerada o de maior área savânica do planeta.
Formado por tipos fitofisionômicos característicos de regiões tropicais: cerradão (composto de árvores médias e altas, porém ainda com um percentual de vegetação baixa e arbustos), cerrado limpo (com vegetação predominante e quase exclusiva de gramíneas), campo sujo (com cerca de 15% de árvores e arbustos, os quais concentram-se geralmente em "ilhas" de vegetação), campo rupestre (vegetação de altitude, predominantemente herbáceo-arbustiva), veredas (brejos ou locais encharcados, abrigando as palmeiras buritis, que só sobrevivem neste tipo de terreno, e se destacam na paisagem) e matas ciliares (matas fechadas que ocorrem em nascentes ou ao longo de cursos d’água, que misturam vegetação nativa do cerrado e de outros biomas, carregados por esses cursos d’água). Abriga plantas arbóreas de aparência seca com caules retorcidos e revestidos por casca espessa, entre outras espécies de arbustos e gramíneas.
São exemplos de plantas do cerrado, o Buriti (
Mauritia flexuosa), a Cagaita (Eugenia dysenterica), a Lobeira (Solanum lycocarpum), o Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa), a Mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), o Pequi (Caryocar brasiliense), o Araticum (Annona crassiflora), dentre muitos outros.
Atualmente é amplamente aceito que clima, solos e fogo são altamente interativos nos seus efeitos sobre a vegetação no Bioma Cerrado. Como sugerem alguns cientistas, o bioma é um “clímax do fogo”, considerando que o Cerrado não se torna uma floresta devido à interação desses três fatores, tendo o fogo um papel secundário. Segundo esses estudiosos, a falta de nutrientes e a grande presença de alumínio são responsáveis também pela fisionomia do bioma. O fogo assume então papel atuante na diversificação das formações vegetais, quando gerado por fontes naturais.
Entretanto, o que vem ocorrendo são as queimadas irregulares e sem controle, um toco de cigarro que é lançado naquela vegetação seca é capaz de ocasionar queimadas com extensões incalculáveis e de difícil controle. O controle do fogo em unidades de conservação, APAs, por exemplo, é uma necessidade urgente, sob pena de vermos perdida grande parte da biodiversidade dessas áreas. O Parque Nacional Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas são alvos fáceis dessa problemática, uma vez que, o segundo, por exemplo, é uma verdadeira ilha de Cerrado, em meio a um mar de soja, e se sua fauna for dizimada, não há chance de repovoamento, uma vez que essa fauna já não existe nas redondezas.
E por falar em fauna, o Bioma abriga um avifauna extremamente rica e diversa, com hábitos de vida bastante peculiares, desde a famosa seriema (Cariama cristata), a “voz do cerrado”; algumas espécies endêmicas, como a gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), o papagaio-galego (Amazona xanthops ) e o soldadinho (Antilophia galeata); outras com importante presença no Cerrado mas que também ocorrem em outros biomas tais como, a arara-canindé (Ara ararauna), a perdiz (Rhynchotus rufescens), a ema (Rhea americana), o pica-pau-do-campo (Colaptes campestris), o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a corruíra (Troglodytes aedon) e o tiziu (Volatinia jacarina).
Além da avifauna, no bioma predominam animais, com diferenciação acentuada no tipo físico e nos hábitos de vida, são eles: jibóia (Boa constrictor), a cascavel (
Crotalus durissus), várias espécies de jararaca (Bothrops sp), o lagarto teiú (Tupinambis sp), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), o tatu-canastra (Priodontes maximus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), o veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus), a anta (Tapirus terrestris), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o cachorro-vinagre (Speothos venaticus), o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o gato mourisco (Herpailurus yaguarondi), a jaguatirica (Leopardus pardalis), e com anatomia um pouco maior, a onça-pintada (Panthera onca). Entretanto, grande parte dessas espécies estão enquadradas nas referências de animais em extinção, e merecem certos cuidados. A caça predatória, as queimadas, as práticas agropecuárias, como plantação de soja e cana-de-açúcar, vieram pra diminuir ainda mais a densidade populacional dessas espécies.
Pensando nisso, e com o esgotamento dos recursos naturais da Terra, começaram as discussões a respeito das Unidades de Conservação, para impor limites e fronteiras, além de monitorar as áreas que, constantemente, vêm sendo impactadas. A criação do Parque Nacional das Emas, por exemplo, deu-se a fim de minimizar essas atividades, preservar as diversas nascentes dos rios
Jacuba e Formoso, afluentes do rio Parnaíba, da bacia do rio Paraná, e conservar a fauna e flora da região. Infelizmente, muitos relatos do responsável do parque, Antônio Malheiros, evidenciam que apesar dos cuidados com região, todos estes fatores reduzem a área preservada da maior e mais representativa área de Cerrado.
Outras regiões que também sofrem com esses problemas estão nas áreas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – reconhecido como Patrimônio Natural Mundial pela
UNESCO em Dezembro de 2001 –, o Parque Estadural Terra Ronca – criado com o objetivo de preservar a fauna, a flora, os mananciais e, em particular, as áreas de ocorrências de cavidades naturais subterrâneas e seu entorno, sítios naturais de relevância ecológica e reconhecida importância turística – o Parque Estadual de Paraúna, o Parque Estadual da Serra de Caldas – criado com o objetivo de preservar as nascentes das águas termais dos municípios de Caldas Novas e Rio Quente –, o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco – criado a fim de proteger um dos últimos remanescentes da vegetação característica da região Central do Estado de Goiás –, o Parque Estadual dos Pirineus – tombada como Patrimônio Histórico Cultural –, além da Área de Proteção Ambiental da Serra Dourada, na região de Mossâmedes, Goiás e Buriti de Goiás, e, também, de grande relevância da fauna e da flora.
Um bom indicativo da riqueza da fauna, flora, recursos minerais, mananciais, sítios naturais subterrâneos dos ecossistemas de Goiás é o numeroso enclave de Parques Ecológicos no estado. Felizmente, a criação dessas unidades impede, mesmo que um pouco, a utilização exacerbada desses recursos, porém alguns problemas internos de controle e administração desses parques dificultam os cuidados de todos os aspectos ambientais dessas regiões. A falta de fiscalização, de educadores ambientais e até mesmo guias, torna deficiente o caráter conservacionista e/ou preservacionista que esses parques possuem em lei, o que torna preocupante a situação de que muitos parques se encontram.
Os cuidados com a área de abrangência do Cerrado, têm que ser bastante efetiva, uma vez que é um Bioma que comporta uma série de fatores importantes do meio ambiente, e com o estabelecimento de muitas áreas para plantio de soja e cana-de-açúcar, dificulta o transporte de animais pelos corredores ecológicos.
A criação de Parques Ecológicos é tão imprescindível quanto o monitoramento adequado desses parques, para o controle do fogo, a preservação/conservação da fauna e flora, divulgação de projetos ambientais, crescimento do ecoturismo nessas áreas, e muitas alternativas e usos adequados desse Bioma tão importante que é o Cerrado. Portanto, cuidar dessa área, que a gente vive, é cuidar de onde a gente mora. Cada um tem que saber o que utiliza e como utiliza, além da destinação final. Pensando nisso, a gente pode viver melhor, cuidando da natureza, dos recursos que ela nos oferece, e utilizando-os, de forma sustentável e com consciência ambiental.
[Matheus Rez]

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Sapos pra quê?

Um editorial do jornal de maior influência nos Estados Unidos – e isso não quer dizer grande coisa -, o The New York Times, dedicou à Amazônia neste domingo, especial atenção.

Com uma pergunta enigmática e provocadora – De quem será a Amazônia, afinal? – o jornal faz um apanhado da discussão que ora ou outra está em pauta entre os principais líderes mundiais.

Mas não se iludam que tais líderes estão preocupados com o futuro da humanidade... Na verdade, esses líderes nem são mundiais. Os líderes a que me refiro são, na verdade, um só: o presidente do Estados Unidos e do Mundo.


Não é de hoje que há questionamento sobre a propriedade da Amazônia, que seria um patrimônio do mundo, não só do Brasil. Aliás, com relação a isso, todo mundo concorda, patrimônio é diferente de propriedade. O patrimônio, é mundial – todos dela sofrem benefícios – quais são, ninguém sabe... A propriedade, contudo, é do Brasil e dos brasileiros.


Ocorre que o fim pretendido para esses debates, nesse momento, faz parte de uma estratégia a longo prazo, perpetuada pelos americanos. Isto é, eles não invadem o Brasil para ‘tomar’ a Amazônia, não porque não consideram a propriedade como sendo do Brasil, mas porque efetivamente não querem.


Quando quiserem, seja qual for a real intenção, vão fazer...


Mas, por outro lado, não consigo ver qual proveito que eles teriam em invadir a Amazônia... Será madeira? Esse negócio é tão lucrativo assim, que valha a pena uma invasão a tal proporção? Pode ser a biodiversidade... Mas quem se importa com sapos, cobras e macacos? Terra? Não seria mais fácil invadir o interior de São Paulo, o leste do Mato Grosso, Goiás, e o Mato Grosso do Sul? Mas porque vão querer terras? Não é mais fácil deixar os países subdesenvolvidos produzirem as matérias-primas para depois manufaturarem? Pode ser água... Mas, alguma vez, alguém ficou sabendo que os Estados Unidos teve algum problema com água em seu território?

A conclusão é uma só: usam desse pretexto, de que a Amazônia é patrimônio mundial, para incutirem na cabeça da população que se preocupam com a natureza, com as cobras, borboletas e papagaios – mesmo que pra isso, tenham de supor o uso de uma invasão armada...

Enquanto isso, a mais do mais, invadem países que tenham realmente valia a eles: o Iraque e sua 3º reserva de petróleo mundial...


[ Um brasileiro 'não tão indignado', R.C. ]